Vale Nevado - Chile/2008
Vale Nevado - Chile/2008

Muito obrigado por ter acessado meu website. Antes de começarmos, acho que cabe um breve relato da minha história até aqui.

 

A propósito, meu nome completo é Paulo Henrique Winterle. Muito prazer.

 

Nasci em trinta e um de outubro de oitenta, em São Paulo, SP. Viví por lá até os meus sete anos, onde morei bem pertinho do autódromo de Interlagos e estudei no Colégio Albert Einsten. Sou o caçula de uma família de três irmãos, sendo o Leo o mais velho e a Tatiana a do meio. Meus pais são Carlos Walter e Lídia Winterle. Meus avôs paternos eram o Leo e a Frieda Winterle e os maternos eram o Paulo e a Herta Hasse, todos já falecidos.

 

Ainda criança eu passei num teste e gravei um comercial no estádio do Pacaembú, para a campanha de Dia dos Namorados da C&A, dando um abraço em outra menina da minha idade. Apareci mais ou menos três segundos no ar.

 

Quando eu tinha sete anos o meu pai, que é pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), recebeu um chamado para trabalhar na Comunidade Concórdia de Porto Alegre, RS. E aceitou. Posteriormente, em noventa e oito, meu pai veio a se tornar presidente da IELB por dois mandatos, ficando oito anos no cargo.

 

Me mudei para cá para não mais sair, pelo menos por enquanto. Logo comecei a praticar duas das maiores paixões da minha vida: a música e o esporte. Entrei na escolinha de atletismo da Sogipa e na aula de violino na Escola de Música Tio Zequinha. E este destino musical me cerca até hoje e, tenho certeza, vai cercar por muito tempo ainda.

 

Fiz muita coisa nessa minha vida de gaúcho emprestado. Fui posteiro de um Centro de Tradições Gaúchas (CTG), a Invernada Mirim dos Guardiões da Coxilha! Posteiro, pra quem não sabe, é aquele cara que fica gritando é a Chimarrita, gaiteira, vamo' booora!!!

 

No atletismo eu era um dos melhores da minha idade no salto em distância e nas corridas de velocidade. Gostava e gosto muito de esportes, de qualquer tipo.

 

Fiz mais de um ano de aula de sinais para deficientes auditivos no então CEDA, atual Escola Especial Concórdia, junto com a minha irmã. Acho muito fantástica a forma como eles se comunicam, e cheguei a conseguir alguns bons contatos com muitos deles. Ainda hoje me lembro de muitas letras e palavras, embora sempre confunda o P com o B com o F.

 

Isso tudo foi antes dos meus doze ou treze anos.

 

Em noventa e dois eu ví a seleção masculina de vôlei ser ouro nas olimpíadas de Barcelona. Juntei a isso o fato de meu irmão ser um grande jogador, primeiro de basquete, e mais tarde de Vôlei, e resolvi me aventurar nesse universo também. Entrei na escolinha de vôlei do Grêmio Náutico União e logo fui convidado para jogar na equipe principal e, desde então, adotei este como o meu esporte favorito.

 

Nessa época estudava no Colégio Concórdia. Até minha sexta série estudei lá, e fiz alguns amigos que trago até hoje. Depois concluí meu primeiro grau no Colégio Olegário Mariano, onde também trago boas lembranças e amizades.

 

Meu segundo grau completo foi feito no Colégio Piratini. Alí, além das matérias legais como português, geografia e história, tentei aprender matemática, química e física. Não consegui e rodei em matemática, em partes porque matei a última prova para jogar vôlei. O colégio tinha um time fortíssimo, e logo fui convidado a ingressar como atacante de meio no time, chegando à titularidade e ao campeonato municipal e vice-campeonato estadual de voleibol escolar, entre outras muitas medalhas que guardo ainda hoje comigo. Nessas medalhas estão gravadas lembranças de momentos muito especiais entre pessoas especiais praticando um esporte especial.

 

Por isso também fui convidado a reingressar na equipe de voleibol do União, agora já na categoria infanto e, posteriormente, Juvenil. Alí dediquei muitas horas a treinos, musculações, coletivos, preparações físicas e, claro, partidas. Joguei voleibol de forma semi-profissional, como federado, por dois anos, até chegar à fase adulta.

 

Foi quando voltei de forma mais enfática à música e aos estudos. Prestei meu primeiro vestibular para Arquitetura, com segunda opção em música - habilitação em violino. Como, na UFRGS, os vestibulares pra música requerem uma prova específica, fiz a prova para violino mas não passei. Também não passei para arquitetura. Ainda bem.

 

O vestibular seguinte na UFRGS já foi para publicidade, pensando exclusivamente na produção de Jingles e, mesmo após meio ano de cursinho, não passei por uma questão. Mas consegui passar em publicidade na ULBRA, aos dezoito anos, onde cursei até me formar em dois mil e sete.

 

Durante o curso, o curso da minha vida também foi mudando. Consegui alguns estágios para publicidade, mas na área de Direção de Arte. Nunca havia antes pensado em trabalhar com arte gráfica, mas aquilo foi se tornando algo muito bom, e acabei ficando nessa área até hoje.

 

Mas, claro, nunca esquecí a música. Não fiquei apenas no violino. Fui pro popular, aprendi violão, depois baixo, bateria. Comecei a investir em guitarras, trompetes, teclados. Meu pai já estava ficando louco com tanto instrumento em casa. E nunca esqueci o erudito, minha grande paixão.

 

E, se você rotula alguém pela música que ouve, aí vai: Mozart e barrocos em geral. Beatles e Pink Floyd. O resto é resto, uns melhores, outros piores.

 

Fundei grupos musicais, na igreja e fora dela. Toquei em tantos cultos quantos uma cabeça pode imaginar. Toquei em festas, bailes, rodas de viola. Cantei em corais sacros e populares. Toquei em orquestras sacras e populares. Toquei de Mozart a Corelli. Toquei rock, pop, samba, sertanejo. Compus e gravei um hip hop. E isso serviu, entre outras tantas coisas boas e ruins, para concluir que eu não era um bom compositor de músicas populares. Apenas de Jingles.

 

Com quase vinte e dois anos conheci a mulher que acabou aceitando casar comigo em treze de setembro de dois mil e oito. Seu nome, agora, é Flávia Roveda Severgnini Winterle. Curiosamente, ela é arquiteta, e foi minha concorrente no meu primeiro vestibular. Todos os dias ela projeta e constrói uma vida muito boa comigo e com a nossa salsichinha, a Jeannie.

 

Em dois mil e seis os meus pais foram morar na África, mais precisamente em Nairóbi, capital do Quênia. Meu irmão e eu fomos visitá-los em dois mil e sete, numa das melhores experiências da minha vida. Gosto muito de viajar e, sempre que possível, coloco isso como um bom objetivo na minha vida.

 

Tenho dois grandes sobrinhos. O filho do meu irmão, Martin, nasceu em noventa e cinco e já está quase do meu tamanho. O pequeno-grande Henrique, filho da minha irmã, nasceu menos de um mês antes do meu casamento. Minha irmã vive também em Porto Alegre com meu cunhado, Dickson. Meu irmão se mudou em 2008 para uma cidadezinha próxima a Freiburg, no sul da Alemanha, juntamente com a minha cunhada, Carol. Também tenho um irmãozão de coração, Gustavo, popularmente conhecido por Mustága, que é filho da irmã mais nova da minha mãe, a Kuki, se criou comigo e atualmente mora num prédio do outro lado da minha rua. Também herdei dois sobrinhos da minha esposa, o Guilherme e o Arthur.

 

Hoje sou um homem casado e tranquilo, procurando aprender a viver minha sempre nova vida. Sou Diretor de Arte da agência Comtato Propaganda e trabalho no conforto do meu lar. Trabalho como freelancer de Produção de Áudio Publicitário - Jingles. Sou Maestro e Diretor Musical da Comunidade Concórdia de Porto Alegre, com um coral, um grupo vocal feminino e vários conjuntos e bons instrumentistas sob minha batuta. Toco há muitos anos em cerimônias de casamento, com alguns dos grandes músicos e amigos que apareceram na minha vida. E sou primeiro violinista da Orquestra Sacra da ULBRA.

 

Gosto muito de música erudita, de vôlei, do inverno, de chimia de morango ou goiaba, de pizza e pastel, de casa de campo, acampar, montanha, rio e cachoeira. Sou apaixonado por carros antigos, e minha tara é por fuscas. Infelizmente tive que vender o Senhor Ivo, um fusca 1965, azul, que por pouco mais de um ano foi meu grande companheiro e que sentirei imensa saudade. Gosto de filmes de drama e históricos. Tenho especial admiração pela segunda guerra mundial. Gosto de ler, de estudar, de aprender. Sempre. Gosto de livros e CDs, e minha coleção é intocável. Curto um charuto, embora minha pressão sempre baixe. Aprecio um bom vinho ou whisky, no inverno, ou uma cervejinha no verão. Café e Coca-cola. E adoro assistir Lost com minha esposa sentado no nosso sofá da sala comendo ovinhos de amendoim.

 

Como cristão luterano, acredito que Deus é o criador de tudo que existe, ele é soberano e todo-poderoso. Independente do que cada vez mais dizem por aí. Essa minha fé é o que de mais importante eu tenho, e sem ela eu sei que nada seria.

 

Se você teve paciência para chegar até aqui, agora conhece um pouquinho mais da minha história. Claro que teria muita coisa pra falar, mas vamos aos finalmentes. Fique a vontade para navegar no restante do site e conhecer ainda mais o meu trabalho.

 

Paulinho Winterle

março de 2009